Lula abandona a Amazônia: desmatamento dispara 55% e governo silencia
Promessas verdes dão lugar ao avanço da destruição na floresta
O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que chegou ao poder com o discurso de “salvar a Amazônia”, agora enfrenta sua maior contradição ambiental: o desmatamento na floresta aumentou 55% em relação ao mesmo período do ano anterior, segundo dados recentes divulgados por institutos de monitoramento por satélite.

A escalada do desmatamento joga por terra os compromissos firmados por Lula durante a campanha de 2022 e nas conferências climáticas internacionais, como a COP27, quando prometeu “desmatamento zero até 2030”. A realidade, no entanto, mostra uma floresta mais ameaçada, com garimpo ilegal, grilagem de terras e queimadas avançando sobre áreas protegidas — muitas vezes sem reação à altura por parte do governo federal.
Silêncio em Brasília, motosserras na floresta
Enquanto o desmatamento cresce, o Planalto mantém o silêncio. A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, tem sido constantemente isolada nas decisões estratégicas. Já os ministérios da Casa Civil e da Infraestrutura têm priorizado obras do PAC e acordos com o agronegócio, mesmo que isso signifique ignorar alertas de impacto ambiental.

A fiscalização, embora anunciada com força no início do mandato, perdeu fôlego diante da falta de recursos e da resistência política. Órgãos como o IBAMA e o ICMBio seguem fragilizados, sem capacidade real de conter a invasão da floresta por interesses econômicos — legais ou ilegais.
Amazônia virou moeda de troca
Analistas políticos e ambientalistas acusam o governo Lula de transformar a Amazônia em moeda de barganha com o Congresso. Para garantir a aprovação de projetos e manter uma base parlamentar, o presidente teria evitado confrontos com setores ruralistas e desenvolvimentistas, mesmo diante do avanço da destruição.
“A floresta foi deixada de lado. O governo Lula hoje age como cúmplice ao não impedir o desmatamento e ao não defender com firmeza os direitos indígenas”, afirma a ambientalista e ex-deputada federal Joênia Wapichana.
Dados ignorados, promessas esquecidas
O aumento de 55% no desmatamento representa um revés histórico, principalmente após os avanços obtidos durante o primeiro ano do mandato, quando os índices haviam caído. A reversão dos números levanta sérias dúvidas sobre a consistência da política ambiental do governo Lula e expõe a distância entre o discurso internacional e a prática nacional.
Enquanto isso, lideranças indígenas seguem cobrando a demarcação de terras prometidas e comunidades ribeirinhas denunciam a intensificação das ameaças de madeireiros e grileiros. O “Brasil verde” que Lula mostrou ao mundo parece não existir na floresta real.

Conclusão: a Amazônia não espera
A Amazônia está sendo destruída, e o governo que prometeu protegê-la assiste de longe. O aumento de 55% no desmatamento não é apenas um número: é um retrato da omissão, do abandono e da falência de um projeto ambiental que, por enquanto, ficou apenas no discurso.