Restaurante é multado em R$ 1,6 milhão por vender caranguejo ameaçado de extinção.
No total, 166 guaiamuns foram recolhidos pela equipe de fiscalização do Ibama em Pernambuco.

Recife (27/1/2025) – A equipe de fiscalização do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) em Pernambuco flagrou a comercialização ilegal de guaiamum (Cardisoma guaiumi), espécie de caranguejo ameaçada de extinção, em um restaurante no município de Goiana, no litoral norte do estado. A ação foi promovida no âmbito da Operação Caburi, que visa a coibir a coleta, o transporte e o comércio ilegais de caranguejos.
A pesquisa teve como objetivo investigar a relação espacial entre apicuns e manguezais ao longo da costa brasileira, bem como suas implicações no manejo pesqueiro e estado de conservação do caranguejo terrestre Cardisoma guanhumi, conhecido popularmente como guaiamum. Este caranguejo tem sua distribuição geográfica desde a Flórida (EUA) até o Estado de Santa Catarina (Brasil). Atualmente é considerada uma espécie em perigo de extinção (categoria EN, segundo a IUCN).
Fonte: ICMBIO – https://www.icmbio.gov.br/cepsul/destaques-e-eventos/701-artigo-propoe-novo-caminho-para-a-recuperacao-do-guaiamum-no-brasil.html

Os guaiamuns estavam confinados em grande quantidade no restaurante, onde eram abatidos e servidos aos frequentadores – Foto: Fiscalização/Ibama.
No total, 166 guaiamuns foram apreendidos e imediatamente libertados em seu habitat, numa área de transição de vegetação apicum/manguezal, em um município vizinho. Os agentes do Ibama encontraram os animais confinados no próprio restaurante, onde eram abatidos e servidos aos frequentadores.
Devido à vulnerabilidade da espécie, ao grande número de espécimes apreendidos e ao fato de que a infração foi praticada para obtenção de vantagem pecuniária, a multa aplicada contra o estabelecimento foi fixada em R$ 1,6 milhão.
De cor azulada, os guaiamuns estão criticamente ameaçados de extinção e somente podem ser comercializados e consumidos se coletados em áreas autorizadas, conforme a Portaria MMA 445/2014.

Foto: ICMBIO.
“A fim de garantir a proteção da nossa biodiversidade, é fundamental que a população não consuma animais ameaçados de extinção. Essa atitude desestimularia a comercialização por estabelecimentos que lucram com a prática desse crime ambiental”, afirma o chefe do Núcleo de Operações de Fiscalização da Atividade Pesqueira (Nupesc) do Ibama, Igor de Brito Silva.
O Ibama continuará combatendo a exploração dessa e de outras espécies ameaçadas.
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